segunda-feira, 25 de julho de 2011

Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade

Em continuidade com as discussões sobre dificuldade de aprendizagem ou de atenção fizemos a leitura do texto Linguagem e Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade do autor RUI DE OLIVEIRA onde após a leitura e discussão faço a seguinte análise:
A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normal da criança ou do adulto.
O portador de TDAH pode ter predominância de dificuldades nas áreas de Hiperatividade,
Impulsividade, Distração.
A maioria dos pacientes é uma mistura
do Pimentinha e do Mundo da Lua.
A característica básica deste transtorno é a falta de persistência em atividades que requeiram atenção. Essas crianças tentam fazer várias coisas ao mesmo tempo e além de não acabarem nada, deixam tudo desorganizado. Este problema incide mais sobre meninos do que sobre meninas, sendo detectável em torno dos cinco anos de idade, ou antes, na maioria das vezes. O diagnóstico fica mais fácil depois que a criança entra para a escola, porque aí a comparação com outras crianças é natural, evidenciando-se o comportamento diferente. Mesmo aquelas crianças consideradas muito inquietas antes de entrarem para o colégio, podem ficar comportadas e participativas; somente as crianças com algum transtorno não se adaptam.
Os três aspectos fundamentais são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. A desatenção é caracterizada pela dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares, dificuldade de manter a atenção mesmo nos jogos ou brincadeiras. A criança muitas vezes aparenta não escutar quando lhe dirigem a palavra, não seguir as instruções dadas e não terminar as tarefas propostas, dificuldade em organizar-se e evita as atividades que exijam concentração, perda constantes de materiais próprios por distrair-se com facilidade perante estímulos alheios.
A hiperatividade caracteriza-se pelo constante mexer-se na cadeira, balançar as mãos e pés constantemente, abandonar a cadeira quando se esperava que permanecesse sentado, correr, escalar em demasia ou em situações onde isso seria inapropriado, falar em demasia, dificuldade de envolver-se silenciosamente em situações ou brincadeiras, dificuldade de permanecer realizando atividades mesmo que da preferência da criança como as atividades de lazer escolhidas por ele, dar a impressão de que está "sempre a mil". A impulsividade caracteriza-se por dar respostas precipitadamente mesmo antes da pergunta ter sido completada, meter-se ou interromper as atividades dos outros e ter dificuldade de esperar a sua vez. Crianças com déficit de atenção e hiperatividade costumam ser impulsivas e propensas a se acidentarem. Não tomam cuidado consigo mesmas nem com os outros, são socialmente desinibidas, sem reservas e despreocupadas quanto às normas sociais. Podem ser impopulares com outras crianças e acabam isoladas, sem se importarem aparentemente com isso. Como resultado da falta da persistência da atenção se atrasam no colégio e no desenvolvimento da linguagem. A hiperatividade torna-se aparente quando numa turma da mesma idade todos colaboram e a criança hiperativa acaba tendo que ser retirada por impedir o prosseguimento da atividade. Essas crianças obviamente não sabem o que se passa com elas mesmas, por isso não se justificam e ficam sendo consideradas problemáticas, indisciplinadas, mal-educadas e despertam antipatias entre as pessoas responsáveis pelos seus cuidados.
A educação escolar é fundamental para o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Desenvolver esse processo é a grande saída que o professor tem para demonstrar suas habilidades e a superação das deficiências dos alunos hiperativos, ou seja, superar as dificuldades que os alunos encontram na aprendizagem devido a sua inquietação e incapacidade de prestar atenção, o que torna difícil explicar qualquer coisa a eles.
É comum pais, professores e outras pessoas que convivem com esse tipo de criança, apresentar um auto nível de estresse e se sintam perdidos na maneira de como lidar com elas, também ocorre muitas frustrações nos alunos com esse tipo de deficiência e em seus pais, sendo que a criança com TDAH é muitas vezes considerada problemática, bagunceira, malcriada, indisciplinada e até mesmo pouco inteligente.
Com um diagnóstico confirmado, é necessário o trabalho em conjunto de pais e professores. Este último poderá adotar algumas medidas:

- organizar a fileira em forma de “U”, para ter uma visão geral da sala (e do aluno);
- buscar um contato mais próximo com ele (se necessário, colocar este sentado próximo à sua mesa, acompanhando seu desenvolvimento);
- fazer um roteiro da aula, deixando claro a todos os alunos o que deve ser cumprido;
- observar a maneira com que este aluno aprende de forma mais satisfatória e se utilizar deste método;
- planejar aulas mais estimulantes;
- desenvolver atividades em conjunto com outros professores;
- delegar tarefas e responsabilidades compatíveis com sua idade;
- no caso do hiperativo, permitir com que saia da sala algumas vezes (para pegar giz, entregar um recado a outro professor, etc.), a fim de que se sinta valorizado, e também não saia da sala por conta própria; e dar pouca importância às infrações leves e ser firme e rígido em infrações graves;
- propor atividades diferenciadas quando necessário (como questões curtas, de múltipla escolha, ou com auxílio de imagens e esquemas);
- estimular que este se relacione com outros colegas;
- não permitir comentários maldosos nem comportamento excludente por parte dos colegas.

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